terça-feira, 25 de agosto de 2009
O homem, esse acomodado...
Dia houve em que, a Gota de orvalho, o Raio de Luz, a Abelha e o Homem aproximaram-se do trono do Senhor
O Todo-Poderoso acolheu-os a todos com suma bondade, e perguntou pelo que haviam feito
A Gota de orvalho avançou e disse:
Bom Senhor, eu estive num terreno quase deserto, auxiliando uma raiz de uma tamareira. Vi muitas árvores padescendo de sêde e diversos animais que passavam, aflitos e morrinhentos em busca de mananciais.
Fiz o que me foi possivel, entretanto venho rogar-te que me conceda outras gotas que me auxiliem a socorrer aos outros seres filhos teus.
O Pai luminoso sorriu, satisfeito, e exclamou:
Bem-aventurada sejas goticula de orvalho pela compreenção de minhas obras. Dar-te-ei por recompensa copiosas chuvas e arroios caudalosos!
Em seguida aproximou-se o Raio de Luz e falou:
- Bom Senhor, eis que desci ... desci ... desci... e encontrei o fundo do abismo. Nesse antro obscuro e tormentoso, combati a sombra, quanto me foi possível, entretanto notei a presença de muitas criaturas suplicando por luz e claridade.
Venho pois suplicar-te outros Raios que comigo concorram na libertação de todos aqueles que, no mundo, ainda sofrem e padescem mergulhados na treva e assentados na sombra da morte.
O Pai de amor, contente, respondeu:
- Bem aventurada sejas réstia de luz pelo serviços prestados a minha obra. Dar-te-ei o concurso do Sol, das estrelas, da lua, das palavras sábias e dos livros inspirados que se encontram na Terra.
Então aproximou-se a humilde abelhinha e explicou-se:
- Senhor meu, tenho fabricado todo o mel quanto me é possivel. Mas, vejo tantas crianças fracas e doentes que te venho implorar mais flores e mais Abelhas, a fim de aumentar a produção...
O Pai celestial abençoou-a e replicou:
- Bem-aventurada sejas abelha operosa e dedicada pelos benefícios que prestaste a teus semelhantes. Conceder-te-ei novos jardins, tufos e latadas de flores bem como companheiras para auxiliarem teu ofício.
Em seguida, o Homem foi chamado a falar.
E mal abrira a boca fez uma careta desagradável e informou:
- Senhor, nada me foi possivel fazer. Por todos os lados, encontrei apenas inveja, incompreenção, ódio e maldade. Tive os braços atados pela insensibilidade de meus companheiros e fui vitimado por toda espécie de críticas.
Tanta gente má permanência atravessou o meu caminho que, em verdade, fui impedido de agir e dar minha contribuição a obra do Reino.
As circunstância tolheram meus passos, não tenho culpa...
Então nosso Pai, com os olhos cheios de ternura e de misericódia fitou-o e exclamou:
- Desaventurado és tu homem ingrato e ocioso que desprezastes os dons que te concedi. Ainda que dotado de razão te deixastes contaminar e vencer para apatia nada fazendo e util e proveitoso.
Os seres pequeninos e humildes tem se porfiado em trabalhar exparzindo benefícios sobre a humanidade, entretanto de tua boa procedem apenas amarguradas queixas, como se a inteligência com que te brindei e os dois braços com que te aperfeiçoei para nada servissem...
Aparta-te pois de mim pois os filhos ociosos e inoperantes não devem buscar a minha presença. Regressa ao mundo donde viestes e não tornes a procurar-me enquanto não aprenderes a ser solidário e a servir teus semelhantes.
A Gota de orvalho regressou tanto mais pura, cristalina e brilhante.
O Raio de Luz retornou brilhando com mais intensidade ainda.
A Abelha voltou entoando um hino júbiloso.
Enquanto o homem sem obras regressou ainda mais triste e amargurado...
Adaptado de Neio Lúcio (Chico Xavier) pelo profo Domingos Pardal Braz
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